Para as técnicas de enfermagem que recebem o piso, reajuste será de apenas R$ 40

A administração se negou a pagar o reajuste de 6% em cima do piso salarial das técnicas de enfermagem. Isso significa que as trabalhadoras que recebem o piso por complementação vão ganhar menos do que os demais servidores. Na prática, essas técnicas de enfermagem terão um aumento de apenas R$ 40 reais no contracheque no mês de junho.

Isso acontece porque o salário-base das trabalhadoras está abaixo do piso-salarial nacional e, para “regularizar” a situação, a Prefeitura optou, em 2023, por receber um subsídio do Governo Federal para o pagamento do complemento ao piso nacional, que é de R$ 134 por mês para cada trabalhador.

O salário-base das trabalhadoras, pago pela Prefeitura, é de R$ 2.888. Com o complemento do governo federal o salário passa a ser R$ 3.022, valor do piso nacional das técnicas de enfermagem. Quando a Prefeitura escolhe pagar o reajuste de 6% sobre o salário base, isso faz com que as servidoras recebam apenas R$ 3.061, ou seja, R$ 40 a mais do que recebem hoje.

Com isso, a complementação do governo federal não irá mais existir já que o valor do piso nacional terá sido atingido no salário-base.

Ao saber disso de tudo isso, a Prefeitura poderia assumir o pagamento do piso da enfermagem e calcular o reajuste de 6% em cima deste valor. Essa medida geraria um aumento de R$ 181 para as trabalhadoras, ao invés de apenas R$ 40.

E para os cofres públicos regularizar a situação destas trabalhadoras custaria aproximadamente R$ 6 mil por mês, o equivalente a um cargo comissionado.

É muita diferença, não é? E é por isso que as técnicas de enfermagem não podem aceitar de forma silenciosa essa desvalorização!  

Como não houve acordo na mesa de negociação, o SIFAR propôs à gestão uma revisão da tabela salarial da enfermagem. Há anos as trabalhadoras estão sendo prejudicadas com o piso salarial negado, o salário rebaixado, além de serem prejudicadas por ter um reajuste menor do que o restante dos servidores!

Além disso, é importante deixar claro que, desde o início, a Prefeitura poderia ter assumido o pagamento do piso salarial das trabalhadoras. quando a Lei nº 14.434/2022 foi implantada. Essa, inclusive, foi a demanda do Sindicato para o Executivo.

E, ao tomar ciência do fato, a gestão da secretária de saúde Renata Botogoski poderia ter assumido o pagamento do piso da enfermagem e realizado o reajuste em cima do valor correto. São aproximadamente 40 técnicas de enfermagem que estão nessa situação, muito poucas para que a Prefeitura deixe de pagar por uma desculpa financeira.

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