Farinhas do mesmo saco: em 2024 escândalos na gestão Hissam não param
Araucária acordou nesta quarta-feira (05) com a notícia da prisão do atual secretário de segurança Lincoln Roberto Stygar por porte ilegal de munições de armas de fogo, na sede da Guarda Municipal, durante uma operação do GAECO que investiga o tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Essa não é a primeira investigação em Araucária, pelo contrário, os dois mandatos de Hissam foram recheados de escândalos por parte de pessoas próximas e até do próprio Prefeito – casado com adolescente e que já foi indiciado por tráfico de drogas, segundo O Globo. Em nota para a RPC, a gestão tentou se desresponsabilizar pelas ações de Lincoln, mas será que esse tipo de postura é apenas uma coincidência ou indicações sistemáticas de pessoas desqualificadas para assumir cargos de confiança na Prefeitura?
Lincoln foi indicado para secretária de segurança pública apenas dois anos depois de assumir o concurso para a guarda municipal. Nem pelo estágio probatório ele tinha passado. Além disso, segundo a Rádio Plug, ele foi estagiário do atual presidente da Câmara Ben Hur, que faz parte da base aliada de Hissam e está aguardando julgamento em segunda instância pelo crime de rachadinha.
Ainda neste ano, o ex-secretário de governo – na época em exercício do cargo – foi condenado em segunda instância há 8 anos pelo crime de rachadinha. É importante lembrar que ao ser indicado para o cargo, Hissam já sabia que Vanderlei Cabelereiro estava envolvido no esquema de corrupção.
Além disso, na saúde, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) também divulgou um rombo de R$ 3 milhões durante o contrato da Organização Social Santa Casa de Birigui, que geriu o Hospital Municipal de Araucária (HMA) entre 2019 e 2020. A questão que fica é de quem é a culpa? Caberia à secretaria de saúde e ao secretário da época maior fiscalização? É isso que faz a terceirização.
E, recentemente, na gestão do novo secretário de saúde Bruno Rodelli, a vara da Fazenda de Araucária suspendeu a licitação de gestão do HMA através de medida liminar sobre possível favorecimento da empresa ganhadora do certame Beneficência Hospitalar de Cesário Lange que não teria comprovado a qualificação exigida na licitação. Entretanto, a Prefeitura recorreu da decisão e conseguiu suspender a liminar por se tratar de serviço essencial. Portanto, tudo continua como está, não há investigação por enquanto e só é possível aguardar a decisão judicial final.
Se formos lembrar de todos os escândalos desde 2017, a apuração do SIFAR não teria fim. Algumas ações da Prefeitura como o nepotismo e o esquema de rescisões e recontratações foram denunciadas pelo próprio sindicato. Infelizmente, a única certeza que temos é de que em cada um destes escândalos os mais afetados são a comunidade de Araucária e os trabalhadores do serviço público.