Solidariedade aos trabalhadores dos Correios

Todos os serviços que não são essenciais deveriam estar suspensos. Essa é a nossa defesa. A medida vale tanto para diminuir o pico de contaminação, para não sobrecarregar os sistemas de saúde, quanto para evitar a exposição de milhões de trabalhadores ao Coronavírus. Mas, ao que parece, os Correios preferem garantir o lucro da empresa a proteger os trabalhadores da Covid-19.

Isso porque, na metade de março, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), havia colocado em trabalho remoto os carteiros, operadores e atendentes que fazem parte do grupo de risco, têm filhos em idade escolar ou convivem na mesma casa que gestantes e lactantes.

Entretanto, a ECT não abriu mão do lucro e das metas e aqueles que permaneceram nos locais de trabalho ficaram sobrecarregados e desprotegidos. Segundo relatos, faltam equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras, e também álcool em gel na maioria das unidades.

Com esse cenário, agora, a empresa quer forçar os trabalhadores que haviam sido afastados a retornar ao trabalho e, consequentemente, a se expor aos riscos.E a forma que a ECT tem se utilizado pra forçar esse retorno é, além de assediar os funcionários, mexer nos adicionais recebidos por esses trabalhadores, ou seja, a empresa pode cortar até mais de 30% da remuneração de uma parcela considerável da categoria.

Como nós já sabemos, muitas vezes, a Justiça não está ao lado dos trabalhadores e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) permitiu que a ECT efetue os descontos nos salários daqueles que estão em trabalho remoto, dificultando ainda mais a vida dos trabalhadores que atravessam a pandemia.

O SISMMAC, o SISMUC, o SIFAR e o SISMMAR são solidários a todos os trabalhadores do ramo postal que têm que enfrentar o Coronavírus e repudiam os ataques de uma empresa que se importa mais com o lucro do que com a vida de toda uma categoria. Os sindicatos defendem a manutenção apenas dos serviços que são estritamente necessários, com a garantia de renda para todos os trabalhadores. Seguimos firmes com ações de solidariedade e também com denúncias daqueles que abusam da situação crítica para ganhar à custa da vida dos trabalhadores.

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