SIFAR é atacado enquanto Executivo esconde que Araucária tem 300 médicos a menos
Há algumas semanas o jornal O Popular, por meio da coluna Notas Políticas, tem atacado o SIFAR sem sequer tentar conversar com o Sindicato. E a pergunta que fica é: a quem interessa tentar descontruir um sindicato que denuncia os problemas do serviço público?
A atuação do jornal parece tentar esconder os verdadeiros problemas da cidade, sendo um dos maiores a saúde, o maior calo no sapato da gestão Gustavo Botogoski (PL) e a grande promessa de campanha que o levou à eleição. Será então que ao invés de informar a população, o jornal atua, na verdade, como uma cortina de fumaça para a administração?
Entre os diversos problemas da saúde que precisam ser resolvidos está a falta de profissionais. Hoje, o total de vagas desocupadas de todas as especialidades médicas chega a 63%. São 336 médicos a menos do que o dimensionamento necessário para atender a população.
E como nem só de médicos vive o SUS, também faltam trabalhadores essenciais como técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnico de higiene dental, auxiliar de consultório odontológico, dentistas e farmacêuticos; destes são 76 servidores a menos do que o necessário para manter as UBSs funcionando. Além disso, faltam técnicos e auxiliares administrativos que são essenciais e representam a porta de entrada das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), entre outras profissões.
Todos os dados foram levantados no Portal da Transparência a partir do dimensionamento de profissionais feito pelo próprio município. Entretanto, em visitas aos locais de trabalho pode-se perceber que a necessidade de mais servidores é ainda maior do que o previsto oficialmente. Talvez o que falte à Prefeitura – ou ao próprio jornal – seja estar presente nas unidades e perceber as necessidades da população e dos servidores.
Diante da aparente falta de dados sobre os problemas da saúde, esta matéria busca contribuir com a informação de verdade. Por isso, vamos enriquecer nosso banco de denúncias e cobranças, se você tem outros problemas no seu local de trabalho, comente aqui!
Falta de trabalhadores é ponta do iceberg, insumos também faltam
Ao estar nos locais de trabalho, a diretoria do sindicato também acompanha – e lida – de perto com o que falta na saúde. Em uma breve conversa com alguns servidores já foi possível diagnosticar que faltam antidepressivos nas farmácias, entre eles a sertralina e a imipramina, remédios que os pacientes não podem se dar ao luxo de ficar sem. Relatos também mostram que faltam remédios essenciais para a vida de quem tem diabetes como a insulina e a metformina e ficar sem qualquer um destes medicamentos aumenta muito o risco da doença.
Além disso, se tratando de saúde bucal, há mais de um ano e meio que não são entregues escovas de dente nos postos de saúde e muitas vezes faltam testes químicos de autoclave, essenciais para indicar se os aparelhos usados na população foram esterilizados corretamente.
Direito de resposta e distorções
Embora o SIFAR tenha pedido direito de resposta ao jornal O Popular em mais de um momento, estas nunca são publicadas na íntegra, portanto, tornando-se parte da intepretação do responsável pela coluna. Por isso, se você quer ler realmente a resposta do SIFAR, veja aqui.


