PL da Exaustão aprovado enquanto parlamentares ignoraram fala de trabalhador

Nesta terça-feira (7), a Câmara de Vereadores aprovou o PL da Exaustão com apenas um voto contrário. Dessa vez, o SIFAR pode usar o plenário para falar, mas será que o debate público realmente aconteceu? A resposta é não.

Muitos dos vereadores que em suas campanhas ousaram falar sobre o diálogo hoje viraram as costas para os trabalhadores e sequer estavam presentes durante a fala do diretor do SIFAR sobre o PL da Exaustão. Em um ato de afronta ao debate público não estavam no plenário Celso Nicácio (PSD), Olizando Junior (MDB), Paulinho Cabelereiro (União Brasil), Pedrinho da Gazeta (PSD), Vagner Chefer (PSD), Vilson Cordeiro (União Brasil). Mesmo ausentes, todos votaram favoráveis ao PL. Além disso, é importante destacar que um servidor público de carreira, Fábio Pedroso (PL), votou contra os trabalhadores e que Fábio Pavoni (PL) se ausentou da sessão.

Há muito tempo o Legislativo de Araucária funciona como um braço acrítico do Executivo. A cada aprovação de Projetos de Lei (PL) sem o debate adequado, os vereadores mostram que os motivos pelos quais eles ocupam aquelas cadeiras estão longe das promessas feitas em campanha.

Inclusive, a aprovação dos projetos na Câmara de Araucária costuma durar menos de 60 segundos. E todos os vetos que vem do Executivo, de projetos que os vereadores mesmo aprovaram anteriormente, são acatados sem qualquer debate. A pergunta que fica para os parlamentares é: E aí, vereador, você sabe mesmo o que está fazendo aí?

Com o PL da exaustão aprovado – mesmo sendo um projeto inconstitucional – os servidores e servidoras terão que se organizar para combater na prática, no dia a dia, as imposições que podem ocorrer. Além disso, para quem faz hora extra, o PL pode ser extremamente ruim, já que pode haver a substituição dessas horas pela proposta de uma carga horária maior, mas com um valor menor.  

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