3 de Setembro: Da truculência ao avanço da resistência
Você se lembra o que aconteceu no dia 3 de setembro de 2021? Um dia histórico em que os servidores foram à Câmara de Vereadores dizer não ao confisco de 3% dos seus salários, com o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%.
Neste dia, a Câmara de Vereadores se tornou palco da truculência da gestão Hissam. A mando do ex-secretário de segurança pública, Antônio Edson, os servidores que se manifestavam foram agredidos, e dois dirigentes sindicais foram presos, sendo um deles Rodolfo da Luz, do SIFAR.
E os vereadores? Vários dos que votaram o PL e corroboraram com a violência da gestão Hissam ainda estão na câmara, quatro anos depois. Mas, independentemente de quem fica ou quem sai da política de Araucária, os servidores e servidoras usaram da truculência e a transformaram em resistência.
Cinco meses depois da batalha na Câmara Municipal, em 2022, aconteceu a Greve de três dias que conquistou o pagamento de parte da dívida da gestão Hissam e o aumento do vale-alimentação para todos e todas. Em seguida, durante dois anos (2023-2024), os trabalhadores lutaram bravamente – e foram vitoriosos – contra o Pacotaço, marcada como sendo uma das maiores vitórias dos trabalhadores.
E agora, em 2025, o funcionalismo se uniu novamente para dizer não à dívida histórica da Prefeitura e deixar claro que lutarão por um serviço público de qualidade e valorização, independente da gestão.
O 3 de Setembro faz parte da história do serviço público de Araucária e precisa ser lembrado como um impulso de resistência que trouxe os servidores até aqui. Ao mesmo tempo, é preciso ter em mente que o 3 de Setembro foi uma demonstração da face mais truculenta do Estado que deixa claro que os servidores e aqueles que se colocam contrários à classe trabalhadora não estão do mesmo lado.
Só a luta muda a vida!