Todo apoio à vereadora do Profª Ângela perseguida após debate de redução de danos
No dia 5 de agosto, na Câmara Municipal de Curitiba, houve uma audiência pública sobre saúde, segurança e redução de danos em relação ao uso de drogas. A conversa trouxe especialistas em diversas áreas e contribuições importantes para mostrar que a Redução de Danos é uma estratégia e uma abordagem do SUS e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que visa minimizar os efeitos negativos do uso de drogas, tanto lícitas quanto ilícitas.
Mas, graças a atuação inadequada dos vereadores da direita Renan Ceschin (Podemos) e Da Costa (União), que invadiram a sessão em tom agressivo, com o objetivo de criar cortes distorcidos e manipular o debate, viralizou uma versão mentirosa que colocava a vereadora Prof Ângela, do PSOL, como apologista das drogas.
Tudo porque naquele momento faziam uso de um folder que divulgava estratégias de redução de danos para já usuários de substâncias. A redução de danos é uma política pública de saúde adotada por diversos países, com respaldo psicológico, médico e científico, que aborda o problema de maneira humana e com eficácia comprovada, agindo de forma mais eficiente do que a guerra às drogas tem feito há mais de 20 anos.
Agora, os vereadores da direita de Curitiba se uniram para pedir a cassação do mandato da vereadora Prof Ângela, fazendo do debate de redução de danos um elefante na sala e tentando desconstruir uma política de saúde pública que salva vidas e considera o problema de abuso de substâncias como algo que deve ir além de uma política policial violenta, de ataque à população pobre e periférica.
Dois pesos, duas medidas
O mais curioso é que enquanto atacam a parlamentar do PSOL e a população, a base aliada de Eduardo Pimentel (PSD) arquivou uma denúncia de nepotismo que poderia levar à cassação do mandato de Eder Borges (PL). O vereador foi acusado após contratar, por um salário de R$ 17 mil reais por mês, sua enteada. Para saber mais veja a matéria do Plural.
Entretanto, neste caso, que se comprovado é de fato um crime, a Câmara de Vereadores sequer investigou a denúncia. Agora, para transformar uma política de saúde pública em um espantalho, os parlamentares da direita estão prontos e a todo vapor!
Qual o nosso papel?
É nosso papel enquanto classe trabalhadora defender o amplo debate sobre questões relevantes à sociedade em espaços públicos, sem o perigo de que temas sensíveis sejam desviados para promoção política de um projeto de difamação e perseguição como temos visto recorrentemente em Curitiba e RMC.
A moralização do debate prejudica abordagens modernas e eficazes sobre o tema, estratégias de combate que podem trazer real avanço para a segurança e saúde da população.
Como SIFAR, seguimos em defesa do mandato da vereadora Prof Ângela, que traz uma atuação realmente popular e pautada pela melhoria da qualidade de vida da população trabalhadora da capital, assim como em defesa das políticas de saúde pública construídas com amplo debate no SUS.