Toda solidariedade às trabalhadoras do SISMMAR, vítimas de assédio
Desde o início do ano, as trabalhadoras do SISMMAR denunciaram que estão vivendo situações graves de assédio moral por parte da diretoria do sindicato. Uma das trabalhadoras também denunciou uma situação de assédio sexual, cujo acusado foi afastado, mas segue participando dos espaços da categoria. Além disso, houve a denúncia de que o sindicato não estava sequer pagando o piso salarial para as trabalhadoras do administrativo, algo que não se espera que aconteça dentro de uma entidade sindical.
Desde que começaram as denúncias estas trabalhadoras não tiveram condições de saúde para retornar ao trabalho e, mesmo com os atestados, tiveram cortes salariais graves. Como forma de manter sua subsistência elas foram obrigadas a recorrer à solidariedade de classe através de uma rifa para ajudar na situação financeira.
Além disso, como é comum patrões fazerem em processos de assédio moral, relatos das trabalhadoras mostram que elas têm sofrido com acusações da diretoria e pessoas próximas que as colocam como mentirosas diante da categoria do magistério.
Por isso, nesta matéria queremos explicitar a posição do SIFAR através de uma carta, que convidamos todos a ler. Convidamos também todos os servidores e servidoras a contribuírem financeiramente com estas trabalhadoras, para saber como entre em contato com o SIFAR.
É preciso usar desta situação para refletir. A grande maioria dos trabalhadores do serviço público sabe exatamente o que é viver o assédio moral e serem descredibilizadas até não conseguirem mais levantar para trabalhar ou para viver. Muitos, em processos de adoecimento, tiveram salários cortados e recorreram ao SIFAR e ao SISMMAR. Muitos, inclusive, estão vivendo isso agora, assim como as trabalhadoras do SISMMAR.
Portanto, não é possível fechar os olhos para essa situação! O SISMMAR representa as professoras, inclusive em situações de assédio moral diante da Prefeitura, é preciso que as servidoras cobrem uma resposta da diretoria do Sindicato que não pode ser apenas uma Comissão de Ética, mas que não haja corte salarial das trabalhadoras e que seja o fim destas práticas de assédio.
E o que o SIFAR tem a ver com isso?
Em primeiro lugar desde 2015 o SIFAR, através do grupo O Grito da Base, vem manifestando seu compromisso político e sindical com a classe trabalhadora e não apenas com os servidores. Isso significa que em casos de denúncias graves que envolvem assédio moral e sexual por parte de diretores sindicais dentro de uma entidade como SISMMAR, é preciso que o SIFAR, a diretoria e os servidores e posicionem e defendam estas trabalhadoras.
A carta serve para mostrar o posicionamento do SIFAR, para questionar as posturas da direção do SISMMAR, para mostrar aos servidores que é preciso combater o assédio moral e sexual, e para dizer a todos que é preciso estar ao lado dos trabalhadores, independente da categoria que eles compõem, nós servidores e servidoras somos CLASSE TRABALHADORA!
E assim como fazemos com os patrões, o assédio moral se combate com pressão e solidariedade de classe, portanto, é preciso pressionar o SISMMAR para que estas posturas acabem e as trabalhadoras possam voltar a viver com tranquilidade.