Luta da segurança e trânsito garante passo importante contra o banco de horas
No dia 15 de junho, trabalhadores da Guarda Municipal, Agentes de Segurança e Agentes de Trânsito estiveram em reunião com a Secretaria de Segurança Pública e Gestão.
Nela reivindicaram correções nas horas de plantão e escalas de trabalho que atualmente seguem a lógica do banco de horas negativo. A conquista da reunião foi contabilizar as horas de plantão extra com 50% a mais de peso em dias de semana e 100% a mais em finais de semana, para bater com o estabelecido no decreto.
Além disso, a gestão se comprometeu a abrir um processo administrativo para estudar a questão utilizando estudos e a presença do SIFAR e dos trabalhadores para consultas e alterações.
Apesar disso, essas são pequenas conquistas da categoria, que só vem com organização e pressão dos trabalhadores. A luta real é contra o banco de horas, ferramenta de controle que precariza o trabalho.
Tanto Secretário quanto Diretora Geral reiteraram o compromisso para com as mudanças demandadas, mas, para que isso saia do papel, os trabalhadores precisam permanecer organizados e unidos para pressionar a gestão.
Banco de horas é precarização do trabalho
Atualmente, apenas as categorias da guarda, segurança e trânsito utilizam o sistema de banco de horas negativo, implementado por decreto durante a última gestão Hissan. Nele, os trabalhadores, assim que entram no cargo, já começam devendo 180 horas em escalas e plantões.
Como nas escalas trabalham com folgas intercaladas, acaba que, ao final do mês, dificilmente conseguem cumprir essa demanda, seguindo os próprios horários de trabalho estipulados pelo edital.
Para compensar as mais de 40 horas que sobram, por uma regularização mal feita das escalas, são convocados obrigatoriamente a “pagar” a dívida de horas em plantões extra durante suas folgas.
Com a lógica do banco de horas, os trabalhadores têm menos tempo de descanso, prejudicando sua saúde e o próprio tempo de trabalho.