Conheça o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e fortaleça o espaço!

Você conhece o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Araucária (COMPIR)? Este é um espaço em que os trabalhadores podem debater e reivindicar do Estado posturas e medidas antirracistas. O COMPIR é um conselho que vem sendo disputado pelos trabalhadores para ter um caráter realmente combativo quando se trata de racismo, por isso, a participação de mais servidores negros e negras é imprescindível nesse espaço de luta. O próximo encontro é no dia 6 de fevereiro, e para saber mais você pode entrar em contato com o conselho pelo e-mail: compir.araucaria@gmail.com.

A necessidade de fortalecer espaços onde o debate racial é uma prioridade fica ainda mais claro quando vemos posturas como do atual governador Ratinho Junior, o parlamentar indicou para a coordenação da Secretaria da Mulher e da Igualdade Racial do Paraná o ex-deputado – cassado por disseminação de fake News e um dos mandantes do massacre contra os professores estaduais no dia 29 de abril de 2015 – Fernando Francischini. A indicação do ex-deputado escancara como o governo de Ratinho não irá avançar no combate ao racismo sem a pressão popular dos trabalhadores e trabalhadoras que devem cobrar, não apenas indicações às secretarias, mas políticas públicas e investimentos em áreas que são necessárias para o combate ao racismo.

Após a pressão dos movimentos sociais, o governo do Paraná disse para o G1 que irá voltar atrás na indicação do deputado. Porém, a luta para que ele realmente seja retirado do cargo deve continuar. Além disso, devemos estar de olho para qualquer indicação que venha desse governo.

Francischini não é apenas despreparado para ocupar a coordenação da secretaria, ele representa a violência contra os trabalhadores negros e negras. O ex-deputado incita a violência todas as vezes que pode, estimula o armamento da população e apoia as ideias racistas e violentas de Bolsonaro. Ele coordenou o massacre que deixou mais de 200 servidores e servidoras feridos no Centro Cívico, em Curitiba; participou de esquemas de rachadinha com Beto Richa e teve seu mandato cassado por disseminar notícias falsas sobre as eleições em 2018.

E embora o estado do Paraná esteja indo na contramão do combate ao racismo, a pressão dos movimentos sociais teve uma vitória no início de janeiro com a inclusão da injúria racial como crime. A sansão presidencial aconteceu na posse das ministras Sônia Guajajara e Anielle Franco. Agora, é necessário cobrar para os que cometem estes crimes contra a população preta sejam punidos. A vitória é fruto da pressão dos trabalhadores que lutam por uma sociedade livre da opressão racial e que há anos apontam a necessidade de punir ofensas racistas como uma das formas de reduzir o racismo estrutural da sociedade.

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