25 de julho, homenagem à luta da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

O dia 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma homenagem à luta e a resistência das mulheres negras. Esta também é mais uma data para refletirmos sobre a luta árdua e diária que é combater o racismo estrutural no Brasil, que ainda é muito presente na nossa sociedade.

Este dia surgiu há 30 anos durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que trouxe mais de 300 mulheres de 32 países, reunidas para denunciar as opressões sofridas. No Brasil, a data comemora a vida de Tereza de Benguela, uma mulher negra que foi líder quilombola mantendo mais de 100 pessoas, entre negros e indígenas, juntos e em resistência à escravidão!

A luta contra o genocídio da população negra é urgente e a sociedade capitalista nos mostra isso todos os dias de forma extremamente violenta. As mulheres negras estão entre os maiores índices de insegurança alimentar do país, de acordo com o Inquérito Nacional de Insegurança Alimentar a cada 10 lares de negros e negras, seis não tem certeza ou tem dificuldade de poder se alimentar.

Os dados do Atlas da Violência de 2021 também escancaram que as mulheres negras estão mais vulneráveis à violência doméstica, 67% dos homicídios são de mulheres negras. E 77% do total das vítimas de homicídio no Brasil são negros. Isso significa que além de se preocuparem com elas mesmas, estas mulheres são vítimas do racismo também com seus filhos, maridos, pais, irmãos e demais familiares.

Todos estes dados demonstram que não é fácil organizar a luta em meio a um governo que promove o ódio, a violência, o racismo e a miséria. Entretanto, lembrar a luta das mulheres e homens negros que são símbolo de resistência contra o racismo e a desigualdade racial e social é essencial para seguirmos lutando contra o racismo e avançando em uma postura antirracista.

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