Covid-19 já matou mais que epidemia de AIDS no Brasil

Em 17 de março de 2020, o Brasil registrou a primeira morte por Covid-19. Era uma trabalhadora doméstica de 63 anos, que pegou coronavírus da patroa no bairro do Leblon.

Um ano se passou e o Brasil vive o momento mais crítico e dramático da pandemia. Já são mais de 280 mil vidas perdidas. A Covid-19 matou mais em um ano do que a epidemia de HIV/AIDS matou ao longo de 39 anos.

Após tantas mortes, é inaceitável que os governos sigam colocando os lucros acima da vida das pessoas. Os hospitais estão superlotados, falta leito para garantir atendimento a todos que precisam de internação. Falta maca, oxigênio, sedativo. A saúde pública já está em colapso e os trabalhadores da saúde enfrentam diariamente a trágica situação de ter que escolher quem vive ou quem morre.

Por causa da demora do governo em negociar a compra, a vacinação vem ocorrendo lentamente e menos de 5% da população foi vacinada em dois meses de campanha. Isso coloca em risco a eficácia da vacina, pois novas mutações do vírus podem exigir a criação de novos imunizantes.

Mesmo em meio a esse caos, o governador Ratinho Junior decidiu manter o comércio aberto e outras medidas menos restritivas até 1º de abril. Hoje, o Paraná é o estado com a taxa de contágio mais alta no Brasil e tem uma fila de 1.357 pessoas esperando por internação, sendo que 641 aguardam um leito em UTIs.

Em Araucária, Hissam publicou nesta semana um decreto mais frouxo do que o de Curitiba. A medida mantém industrias não essenciais em funcionamento, mantém atendimento normal e trabalho presencial nos serviços da Prefeitura e não contribui sequer com a diminuição da lotação nos ônibus. Além disso, Hissam forçou servidores da saúde que fazem parte do grupo de risco a voltarem ao trabalho presencial mesmo antes do prazo necessário para que estejam imunizados.

Mesmo medidas básicas, como a criação de um programa de testagem em massa, vem com um ano de atraso, após meses fingindo que tudo tinha voltado ao normal. Hissam, Ratinho Jr e Bolsonaro parecem mais preocupados em manter o comércio e a indústria funcionando a qualquer custo do que em proteger a vida dos trabalhadores.

O LOCKDOWN É URGENTE e é papel do governo garantir políticas que deem condições para que a população possa ficar em casa, em isolamento.  Reduzir a circulação e o contágio, enquanto acelera a vacinação, é a única forma de impedir que milhares de pessoas morram por complicações da Covid-19 ou porque não tiveram atendimento médico adequado devido a superlotação dos hospitais.

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