Trabalhadores da educação de Araucária aprovam indicativo de greve em defesa da vida

Na noite desta quarta-feira (17) os servidores da educação do município de Araucária realizaram uma assembleia conjunta e, por unanimidade, votaram a favor da deflagração da greve caso o governo Hissam mantenha o retorno das aulas presenciais para a próxima quarta-feira (24). Além disso, os trabalhadores também aprovaram assembleia permanente para deflagrar greve contra o retorno das aulas sem vacina em qualquer data, antes ou depois do dia 24 de março.

Araucária sofre com o aumento do número de casos a cada dia e, mesmo assim, a Prefeitura considera colocar as vidas dos trabalhadores em risco. Em Curitiba, com pouco mais de uma semana da volta das aulas presenciais, o resultado foi desastroso: 115 casos confirmados de contaminação, além de 12 unidades com surto de Covid-19. Por isso, servidoras e servidores da educação do município de Araucária estão mobilizados em defesa da vida!

Outra decisão importante da assembleia foi pressionar a Secretaria Municipal de Educação (SMED) para resolver a regulamentação do ensino remoto em 2021. Desde o início da pandemia, os trabalhadores da educação tiveram que reinventar uma forma de trabalhar no próprio lar sem o apoio da gestão Hissam, sofrendo com o desgaste, falta de estrutura e a dupla jornada de trabalho. E para piorar, a Prefeitura tem aumentado a carga de trabalho burocrático por meio de resoluções que não levam em consideração essa dura realidade. Dessa forma, enquanto pressionamos pelo retorno só com vacina, também exigimos uma regulamentação pela manutenção do trabalho remoto.

O Conselho Municipal de Educação (CME) também foi um dos tópicos de discussão da assembleia. Depois de muitas discussões os conselheiros do CME conquistaram uma vitória importante no final de janeiro: o Conselho aprovou uma resolução pela manutenção do ensino remoto em Araucária enquanto não houver ampla vacinação. No entanto, a gestão Hissam simplesmente atropelou essa decisão e decretou o retorno híbrido das aulas em março, desconsiderando a vida dos trabalhadores e desrespeitando todo o debate democrático realizado dentro do Conselho. Diante desse descaso, os servidores da educação decidiram, em assembleia, pela realização de ações para fortalecer o CME.

Estaremos atentos e mobilizados para barrar qualquer tentativa de colocar a vida dos trabalhadores da educação em risco. Não vamos permitir o retorno das aulas presencias sem vacina! Firmes!

Sem vacina, sem retorno!

A Luta Muda a Vida.

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