Abertura de escolas e CMEIs resultam em surtos nas unidades

As escolas estaduais reabriram para o início do ano letivo de 2021. Apesar dos estudantes ainda não terem voltado às salas de aula, a presença dos trabalhadores da unidade já levou ao fechamento de algumas escolas devido a surtos de Covid-19. Esse é o caso do Colégio Estadual Professor Júlio Szymanski, em Araucária.

Se sem alunos a situação já está crítica, você já pensou como vai ser quando milhares de estudantes retornarem às unidades escolares? É importante lembrar que o surto aconteceu entre adultos, que têm consciência da necessidade do uso de máscara, do distanciamento social e da higienização das mãos. Agora, já imaginou como será com crianças menores e bebês que não possuem discernimento e disciplina para cumprir o protocolo?

Mas, ao que parece, a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação de Araucária desconhecem o problema. Isso porque a volta às aulas está mantida para o dia 24 de março, mesmo sem a vacinação dos trabalhadores da educação.

A gestão Hissam e a SMED não se preparam como deviam para a volta às aulas. As escolas e CMEIs precisariam ter passado por grandes reformas para aumentar a ventilação e ampliar as salas de modo que o distanciamento social fosse possível. Os refeitórios e banheiros precisariam ter sido adaptados. Isso sem falar na falta de água que estamos enfrentando há mais de um ano. Em Curitiba, as unidades que abriram já relatam falta de água para higiene das crianças e dos espaços.

Os trabalhadores da educação sabem como o ensino remoto impôs desafios para as famílias dos estudantes e como, o fato do governo não ter garantido auxílio para todos, muitas crianças acabaram sozinhas em casa para que as mães e pais pudessem sair para trabalhar. Os professores e educadores querem o retorno das aulas presenciais, mas isso precisa ocorrer em segurança, com a vacinação dos trabalhadores.

Crianças aprendem com a interação com o outro, sejam as outras crianças ou o professor, e, diante da pandemia, essa interação está completamente comprometida. Os protocolos de segurança, serem seguidos à risca, impedem a troca entre crianças e professores. Ou seja, se a argumentação da Prefeitura para o retorno presencial é a questão pedagógica e de aprendizado dos alunos da rede, é preciso rever o argumento, já que o aprendizado permanecerá afetado.

Seguimos na luta pela vacinação dos trabalhadores da educação antes do retorno presencial das aulas e contamos com o seu apoio!

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