Alta no preço do combustível e do gás de cozinha expõe consequências da política de privatização

Nesta semana, a Petrobrás subiu os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Além de pesar no bolso das famílias trabalhadoras, o aumento escancara as consequências da política de privatização da estatal.

O preço é definido para agradar os acionistas que só se importam com o lucro.  É por isso que mesmo quem mora do lado da refinaria acaba tendo que pagar o preço do mercado internacional, que varia até pela alta do dólar.

Em protesto contra a política de preços praticada pelo governo federal e pela atual administração da Petrobrás, petroleiros da REPAR distribuíram botijões de gás por R$ 40,00 no último final de semana. A manifestação buscava mostrar como o gás de cozinha poderia ser vendido a um preço muito mais baixo se a gestão da estatal colocasse as necessidades da maioria da população acima da ganância de seus acionistas.

Não faltam exemplos para mostrar como as famílias trabalhadoras são sempre as principais prejudicadas pela privatização.

O apagão no estado do Amapá se estendeu por 22 dias em novembro do ano passado porque a multinacional Isolux alegou não ter outro transformador para ser usado após o incêndio. Foi a empresa estatal Eletronorte quem teve que agir para resolver o problema de fornecimento de energia elétrica em plena pandemia de Covid-19, que também interrompeu o abastecimento de água, serviços de telefonia e internet e impôs dificuldades para comprar e armazenar alimentos.

A entrega de estatais e de serviços públicos à iniciativa privada vem sempre acompanhada da promessa de gerar economia aos cofres públicos. Entretanto, basta olhar os exemplos concretos para perceber que isso sempre custa muito caro à população por causa da piora na qualidade, da falta de transparência e dos escândalos cada vez mais frequentes de superfaturamento.

A terceirização da saúde pública por meio de Organizações Sociais é um grande exemplo disso. Há quatro meses, Carlos Alberto de Andrade, que até então era secretário de Saúde da gestão Hissam, perdeu o cargo e passou a ser investigado pela GAECO por suspeita de ter se beneficiado com o esquema de corrupção orquestrado por Organizações Sociais que administram diversos hospitais públicos no Brasil, incluindo o Hospital Municipal de Araucária.

O plano da gestão Hissam era entregar toda a saúde pública de Araucária para a iniciativa privada, mas foi impedido em 2018 pela cobrança dos trabalhadores, dos sindicatos e do Ministério Público, que impôs na época a assinatura de um Termo de Ajus­te de Conduta (TAC) para reverter a terceirização do HMA.

Junte-se ao SIFAR e ajude a fortalecer a luta contra a privatização das estatais e em defesa dos serviços públicos! Quando um direito básico se torna mercadoria e alvo de lucro fácil para empresários e políticos, é a população trabalhadora quem sai perdendo!

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