Falta de interesse da gestão mostra que trabalhadores da saúde terão que estar mobilizados para avançar nas reivindicações

Na última quinta-feira (4), o SIFAR se reuniu com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) para cobrar, mais uma vez, que a administração municipal atenda as reivindicações dos trabalhadores da saúde, que estão ainda mais sobrecarregados desde o início da pandemia de coronavírus.

Perseguição e Assédio Moral na UPA

O SIFAR e o conjunto dos trabalhadores da UPA já denunciaram sistemáticas vezes as perseguições presentes no local de trabalho. Até o momento, a gestão fez vista grossa e não investigou a denúncia. Entretanto, nesta reunião, o secretário de Saúde se comprometeu a investigar e a se reunir com as chefias da UPA para debater o tema. Nós estamos de olho, porque o assédio moral em Araucária precisa acabar!

A realização de concursos públicos para médicos da UPA também é uma antiga cobrança do SIFAR. Atualmente, unidade conta apenas com médicos PSS e a precariedade do contrato impede que eles se mantenham no local, aprendam os protocolos de trabalho e criem vínculo com os colegas e com a comunidade. Segundo a SMSA, o edital para concurso público para médico está aberto e a prova deve acontecer até o dia 15 de março.

Vacinação contra Covid-19

O SIFAR cobrou agilidade e garantia de vacinação para todos os servidores municipais. Segundo o secretário de Saúde, Araucária ainda está na etapa 1 da vacinação, que engloba os trabalhadores da saúde e demais grupo, conforme protocolo nacional. De acordo com ele, só é possível passar para a etapa 2 depois da conclusão da etapa 1. Ou seja, mesmo os trabalhadores afastados ou em férias que pertencem ao grupo 1 devem receber a vacina antes que o próximo grupo comece a ser vacinado.

Desvio de função não é colaboração, é descaso!

A gestão está chamando o desfio de função de colaboração entre os trabalhadores. Entretanto, se o número de servidores fosse suficiente na unidade, o desvio de função seria desnecessário. Ou seja, não se trata de colaboração, mas da intensificação da exploração dos trabalhadores da saúde. O que acarreta sobrecarga, que tem o adoecimento como consequência.

Desvio de função não é colaboração, essa é mais uma forma da Prefeitura sobrecarregar ainda mais os trabalhadores e não pagar por isso! Se você enfrenta essa situação em seu local de trabalho, organize os seus colegas e faça uma denúncia ao Sindicato. Vamos juntos cobrar mais contratações!

Corte do adicional de insalubridade

Os servidores municipais que estão em trabalho remoto ou afastados para tratamento de saúde sofreram corte do adicional de insalubridade. Com essa redução salarial, muitos trabalhadores estão considerando retornar ao trabalho, mesmo adoecidos ou se expondo ao risco de desenvolver a versão mais grave da Covid-19 devido as comorbidades. O que é um absurdo, já que o grupo de risco tem direito a se afastar do trabalho durante a pandemia.

Por isso, o SIFAR cobrou da gestão que o pagamento do adicional de insalubridade desses trabalhadores seja retomado. O secretário de Saúde ficou de analisar a situação e dar um retorno ao Sindicato.

Jornada de 30h para os trabalhadores da saúde

O SIFAR retomou a reivindicação história da jornada de 30h para os trabalhadores da saúde. A SMSA conhece a reivindicação e afirmou que está analisando o que é possível ser feito junto ao Núcleo de Apoio Jurídico (NAJ).

Porém, nós sabemos que tanto essa quanto as demais cobranças só serão cumpridas se os trabalhadores estiverem mobilizados e em luta em seus locais de trabalho. Por isso, converse com os seus colegas, façam o levantamento da pauta da unidade, falem com a comunidade para pedir apoio na luta para que a Prefeitura leve os serviços públicos de saúde de Araucária a sério. Juntos somos mais fortes!

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