Gestão desmarca reunião com trabalhadores da saúde no auge da pandemia

A situação da saúde em Araucária é crítica. A pandemia do novo coronavírus está longe do fim. Enquanto atividades não essenciais seguem abertas e os governos demoram a tomar atitudes que possam ajudar a conter a propagação da doença, os trabalhadores da saúde enfrentam diariamente as consequências de uma política que coloca os lucros acima das vidas.

Mesmo assim, a gestão municipal e a secretaria de saúde não se mostram disponíveis para ouvir a realidade de quem está na linha de frente continua colocando de lado as reivindicações dos trabalhadores da saúde que têm trabalhado exaustivamente no combate à pandemia. Uma reunião para discutir as pautas dos trabalhadores da saúde estava agendada para esta quarta-feira (30), mas foi desmarcada de última hora pela gestão. Essa já é a segunda vez que a reunião é adiada. Assim, fica claro que a gestão Hissam não tem interesse em dialogar com os servidores e servidoras da saúde.

O atraso em conversar com os representantes dos servidores da linha de frente é mais uma prova do descaso dessa gestão com a vida e a saúde dos trabalhadores. Em um momento gravíssimo como este que vivemos, as medidas de proteção aos trabalhadores e para conter o avanço do coronavírus precisam ser urgentes, mas em vez disso, a gestão adia a reunião por mais de duas semanas. A nova data agendada é dia 7 de janeiro, às 15 horas. Mesmo com o pedido de urgência por parte do sindicato, a gestão segue enrolando e deixa claro que a vida dos trabalhadores não é sua prioridade.

Quantas vidas mais serão perdidas e quantos trabalhadores mais ficarão adoecidos até que a gestão decida ouvir as reivindicações da linha de frente?

As pautas que a serem reivindicadas na reunião com a gestão e com a Secretaria de Saúde são as seguintes:

  • Lockdown em Araucária;
  • Política de assistência social: ampliação e aplicação da renda mínima; aumento do valor e da quantidade do programa renda cidadã, reabertura imediata do albergue para pessoas em situação de rua ou sem condições de fazer isolamento;
  • Valorização e condições de trabalho para os servidores da saúde:
    1. Contratações através de concurso público para as categorias com falta de profissionais;
    2. Acompanhamento da SMSA das chefias que cometem assédio moral, com punição, visando o fim dessa prática na PMA;
    3. 30hs de trabalho, sem redução de salários, para os profissionais de saúde que trabalham 40hs. Visando a qualidade no trabalho e atendimento a população;
    4. Possibilidade de fechamento dos locais de trabalho quando em surto de COVID, ao colocarem a população em risco;
    5. Vagas de UTI pra COVID no HMA; verba.
    6. Ampliação dos serviços para tratamento de pessoas com sequelas do COVID, com chamamento de concurso para os profissionais;
    7. Registro de CIAT para todos os profissionais infectados por COVID.
  • Fim da terceirização na saúde; a) Concurso para médicos e equipe de enfermagem, fim da contratação de médicos por empresa na UPA e CECC. Fim do contrato por OCIP no HMA;
  • Vacina para todos como prioridade de todas as esferas de governo.

Campanha pela cidade

Diante da demora dos governos em tomar as atitudes necessárias no momento de crise sanitária, o SIFAR foi às ruas pedir o fechamento de todas as atividades não essenciais e medidas para preservar a vida dos trabalhadores.

A campanha que ganhou as ruas com diversos cartazes espalhados pela cidade pedindo o lockdown em Araucária, valorização e condições de trabalho adequadas para os servidores da saúde, criação de vagas de UTI, fim da terceirização na saúde e vacina para todos. Confira as imagens abaixo.

Mesmo com a intransigência da gestão que foge do diálogo com a categoria, a luta e a mobilização continuam. A classe trabalhadora precisa de muita união e muita mobilização para seguir na resistência diante de um cenário tão desafiador.

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