SIFAR repudia militarização das escolas do Paraná

O governador Ratinho Jr e o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, em mais uma amostra de autoritarismo e falta de diálogo com a comunidade, planejam militarizar mais de 200 escolas estaduais. A pressa é tanta que o Projeto de Lei 543/2020 já foi apreciado e aprovado em regime de urgência pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) no fim de setembro.

O plano de militarização das escolas ocorre sem que tenha havido qualquer diálogo com a comunidade escolar, professores ou sociedade civil. O governador aproveita-se novamente da pandemia para impor mais um grave ataque à Educação. A imposição de Ratinho institui um projeto de lei que substitui a pedagogia pela militarização, em acordo com os planos mais nefastos do governo Bolsonaro e da extrema-direita para a Educação Pública.

Com a militarização, as escolas passam a compartilhar a gestão administrativa, educacional e didático-pedagógica com militares. Ou seja, permite transformar as unidades educacionais do estado em um ponto de controle ideológico e social. O projeto de lei está alinhado com o programa cívico-militar do Ministério da Educação (MEC), atualmente liderado pelo pastor evangélico Milton Ribeiro.

Nesta terça (27) e quarta-feira (28), o governador convocou às pressas uma consulta pública para tentar maquiar a falta de diálogo com a comunidade escolar. A orientação da APP-Sindicato é para que as escolas solicitem a suspensão dessa consulta, que está sendo realizada de forma totalmente atropelada e antidemocrática.

Diante deste cenário de ataques tão graves, o SIFAR vem a público denunciar e repudiar a militarização das escolas da rede estadual, sendo essa mais uma medida autoritária do governador e de seu secretário. Escolas são para formar cidadãos e não soldados!

A militarização é propagandeada pelo governo como forma de melhorar a qualidade do ensino em regiões de vulnerabilidade social, mas não há evidências que comprovem que a presença de militares contribui nesse sentido. Ao contrário, a imposição da disciplina militar e a ênfase na obediência ao invés do diálogo colocam em risco a liberdade de aprender e de ensinar e o incentivo ao pensamento crítico, que são essenciais para a formação dos estudantes. Enquanto isso, as ações que realmente teriam impacto na melhora da qualidade do ensino, com o aumento dos investimentos e a valorização da docência, seguem abandonadas.

NÃO À MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS DO PARANÁ!

AS ESCOLAS PRECISAM DE MAIS INVESTIMENTOS, VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES E MELHORA DA QUALIDADE DO ENSINO, NÃO DE MILITARES VIGIANDO AS PORTAS!

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