Servidores da Saúde de Araucária são recebidos de forma agressiva pelo prefeito Hissam

Na manhã desta quarta-feira (21), os servidores da saúde de Araucária e a direção do SIFAR foram até a Prefeitura para solicitar à Secretaria Municipal de Saúde de Araucária (SMSA) e ao Comitê de combate ao coronavírus a revogação do Art. 11º do Decreto Municipal nº 34.357/2020, que suspende, a partir do mês de março de 2020, a concessão e gozo de férias, licenças por interesse particular e licença prêmio para todos os servidores da saúde.

Mais uma vez, o prefeito Hissam mostrou a falta de respeito que norteia toda a sua gestão. Enquanto a direção do SIFAR e os servidores aguardavam o protocolo do ofício dentro do paço municipal, Hissam apareceu no local sem utilizar a máscara de proteção pessoal, acompanhado de uma de suas filhas, que é cargo comissionado e também estava sem máscara. Ao ser questionado pelos servidores da saúde, o prefeito afirmou que não usaria a máscara e, caso alguém quisesse cobrar, que entrasse na justiça para processá-lo. E ainda completou a fala gritando que quem manda na Prefeitura é ele!

No entanto, Hissam esqueceu que a obrigatoriedade do uso da máscara foi estabelecido pelo Decreto nº 34.464/2020, assinado por ele mesmo:

Art. 4º A obrigação do uso de máscara estende-se a todos e quaisquer ambientes de uso coletivo, transporte coletivo público e privado, parques, comércio, repartições públicas, instituições bancárias, industriais e outros estabelecimentos congêneres, inclusive transporte individual de aluguel.”

Isso revela que a falta de respeito do prefeito não só com os servidores, mas também com a própria população, pois ao usar máscara você está protegendo a si mesmo e, também, os outros.

Essa postura intransigente reflete na falta de consideração que a gestão tem pelos servidores, já que, entre outros ataques, a Prefeitura dificulta ainda mais o trabalho nas unidades de saúde. Desde o início desta pandemia, o SIFAR vem solicitando por meio de vários ofícios que a gestão da SMSA organizasse um cronograma de revezamento para a concessão desses direitos, mas não houve resposta. Dessa forma, a gestão será responsável pelo adoecimento e desgaste dos trabalhadores e pela precarização do atendimento à população.

A maneira que a gestão orienta esses servidores é incoerente e desrespeitosa, pois desde o início deste ano as demandas na saúde aumentaram muito. Além disso, esses profissionais estão na linha de frente para atender a população, e mesmo assim não conseguem gozar de suas férias e/ou licença prêmio que lhes é de direito, e não um favor.

Clique aqui para conferir o ofício que solicita a revogação da suspensão de férias e licenças.

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