Com mais de 300 casos confirmados, Araucária adota medidas que podem acelerar colapso

Araucária chegou à triste marca de três mortes e 313 casos confirmados de Covid-19. São mais de 100 novos casos, um aumento de quase 60% em uma semana. A situação é alarmante por causa desse rápido crescimento no número de infectados e porque muitos hospitais da região metropolitana já estão com os leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) lotados.

Estamos na beira do abismo e parece que Prefeitura quer levar Araucária para mais perto do buraco. Nessa semana, a gestão suspendeu o atendimento nas unidades de saúde e determinou que médicos, enfermeiros e demais trabalhadores da saúde façam o atendimento em domicílio com visita de casa em casa. O problema é que isso aumenta muito o risco de transmissão da doença, já que é mais difícil garantir a higiene correta dos equipamentos e dos profissionais entre um paciente e outro.

Ao invés de proteger a saúde, essas visitas podem colocar mais vidas em risco. É grande o risco de o profissional se contaminar em uma visita e levar o vírus para a próxima casa, mesmo sem apresentar qualquer sintoma. A visita domiciliar aumenta o risco de contágio para os servidores e para a população atendida e por isso só deve ser utilizada em casos especiais, quando o paciente não tem como ir até a unidade.

Nessa semana, o prefeito e primeira-dama de Araucária testaram positivo para Covid-19. Quando o secretário de políticas públicas Geraldo Carvalho adoeceu, a gestão agiu corretamente: testou o alto escalão que esteve com ele e afastou quem teve resultado positivo para evitar a propagação do vírus. Hissam e a esposa foram testados antes de apresentar sintomas, mas a mesma medida não foi adotada na unidade de saúde CSU São Francisco de Assis.

É preciso que a gestão trate todas as unidades de saúde com a mesma seriedade com que tratou os casos de Covid-19 no alto escalão da Prefeitura. Os testes são necessários para impedir que o vírus seja transmitido aos usuários por um servidor contaminado que não apresenta sintomas.

Para evitar o colapso do sistema público de saúde e proteger vidas, é preciso adotar com urgência medidas que reforcem o isolamento social e reduzam a transmissão da doença. O SIFAR segue firme na luta pela suspensão de todas as atividades não essenciais, diminuição de jornada e escalas de trabalho, por condições de trabalho adequadas para quem está no combate à Covid-19 e na cobrança para que a Prefeitura de Araucária cumpra o seu dever de zelar pela segurança dos servidores e de toda população.

Todo apoio à greve dos entregadores de aplicativo

Esses trabalhadores não puderam parar na pandemia e se arriscam mesmo sem garantia de que as empresas pagarão pelo tratamento ou pelo tempo parado em caso de contaminação por Covid-19. O SIFAR manifesta seu apoio à greve nacional do dia 1º de julho. A luta é por melhores condições de trabalho e garantia de vida!

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