Servidores públicos: linha de frente diante do coronavírus e dos ataques do governo

Diante da pandemia do novo coronavírus, a importância dos serviços públicos ficou ainda mais evidente. São servidores da saúde lutando diariamente pela vida da população mesmo com a falta de investimentos no SUS; da assistência social, que trabalham para dar condições mais dignas a famílias em situações vulneráveis; da educação, lutando para defender a educação pública nesse momento de crise; da segurança pública e de tantas outras áreas.

Mas, se de um lado temos esses servidores que, assim como milhares de trabalhadores, lutam duro diariamente para combater o coronavírus; do outro, temos governantes que querem aproveitar esse momento de crise para ampliar a exploração da classe trabalhadora.

Enquanto na linha de frente se combate o crescimento acelerado da pandemia do coronavírus, novos ataques são preparados nas esferas do governo, com o objetivo de destruir os serviços públicos tão essenciais no atendimento à população. No governo federal, o ministro Paulo Guedes se juntou a seus comparsas para congelar salários dos servidores públicos municipais, estaduais e federais até dezembro de 2021, com o projeto 39/2020, e tentar avançar na precarização do serviço público.

O projeto aprovado previa que algumas categorias da linha de frente do combate à pandemia ficariam de fora do congelamento. Só que o presidente Bolsonaro deu declarações afirmando que vetaria essa pequena concessão aos trabalhadores antes de sancionar a lei. O prazo para a sanção encerrou nessa quarta (27) e até o fechamento da coluna a decisão presidencial não tinha saído em Diário Oficial. Essa enrolação deu tempo para o presidente favorecer seus apoiadores da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Em Araucária, a situação não é diferente. A gestão Hissam já quer antecipar esse ataque e negou o pedido de reajuste de 2,28% (índice INPC) aos servidores municipais, o que corresponde à inflação do último período. Um índice que já é o mínimo, considerando o congelamento que vai se seguir. Ao negar a reposição, contribuem para o empobrecimento dos servidores públicos e de suas famílias, ampliando ainda mais o cenário de crise que vivemos.

E mesmo que a gestão tente culpar a pandemia pela defasagem do salário dos servidores, nós sabemos que o que falta não é verba, mas vontade política de favorecer o serviço público. Os servidores municipais de Araucária não têm aumento real há oito anos.

Enquanto os servidores públicos mantêm seu compromisso de priorizar o atendimento à população, os governos aproveitam para ampliar os ataques aos trabalhadores. Mas, não assistiremos a isso calados: os servidores públicos estão mostrando seu descontentamento nos locais de trabalho. É hora de todos os trabalhadores se unirem, não aceitaremos pagar essa conta.

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