No discurso, gestão tem tudo sob controle, na prática, já estão faltando EPIs

Enquanto governo está preocupado em seguir a Lei, o SIFAR quer garantir a vida e as condições de trabalho dos servidores da saúde!E é por isso que a direção do Sindicato foi até a Prefeitura nessa segunda-feira (23), para cobrar o secretário de Saúde, Carlos Alberto de Andrade, a atender as reivindicações da categoria e, principalmente, afastar, novamente, os servidores que fazem parte do grupo de risco.

Confira aqui o ofício protocolado pela direção do SIFAR.

Mas, ao que parece, a gestão Hissam não está interessada em preservar aqueles que estão mais vulneráveis durante a pandemia.O governo voltou atrás na decisão de afastar o grupo de risco do trabalho presencial e, nesta segunda, os servidores com 60 anos ou mais e com doenças crônicas tiveram que se apresentar para o trabalho. Segundo eles, a “lei” permite que o município adote esta medida.

Em entrevista ao jornal O Popular, Hissam repetiu diversas vezes que é necessário isolamento social. Mas o prefeito, que tem o poder de afastar aqueles que podem vir a contrair as versões mais graves da doença, não age em defesa da vida dos trabalhadores do município. E, contrariando o que diz a Organização Mundial da Saúde, o governo de Araucária, com o apoio do Ministério Público do Paraná, reafirmou que os servidores do grupo de risco terão que retornar ao trabalho.

O secretário de Saúde afirmou que, de nenhuma maneira, esses servidores estarão na linha de frente do combate ao Coronavírus e que cada caso seria analisado individualmente.Entretanto, vamos ter que brigar para que esse compromisso seja cumprido.

Isso porque durante a reunião a Secretaria Municipal da Saúde também havia garantido que os demais itens seriam acatados na medida do possível e, entre esses itens, estava o amplo acesso aos equipamentos de proteção individual (EPIs). Entretanto, o SIFAR já recebeu a denúncia de que as máscaras N95 estão sendo negadas aos trabalhadores da UPA.

Em reunião, o governo também afirmou que está comprando EPIs para garantir a proteção dos trabalhadores e que também está avaliando a possibilidade de ofertar transporte para aqueles que dependem dos ônibus.

O SIFAR cobrou veementemente que a gestão oriente as chefias e as coordenações sobre os protocolos que deverão ser adotados nas unidades de saúde.A administração Hissam, que desde o início do mandato não prioriza a formação continuada, precisa rever essa postura imediatamente. Os servidores estão amedrontados com o potencial destruidor do vírus e precisam de orientação da Prefeitura ou, de fato, teremos o caos instaurado em Araucária.

Conjunto de reivindicações apresentadas pelo SIFAR

Além do afastamento imediato dos trabalhadores do grupo de risco, o SIFAR também cobrou:

Condições de Trabalho

– EPIs de qualidade e em número suficiente para todos os trabalhadores da saúde e também equipes auxiliares para ajudar na hora de colocar e tirar o EPI;

– Convocação e nomeação imediata de trabalhadores da saúde e da limpeza aprovados no último concurso;

– Escala de revezamento dos trabalhadores da saúde com o objetivo de diminuir o risco de contaminação;

– Capacitação, orientação e protocolos claros para quem vai atuar na linha de frente do combate ao vírus, sejam eles da saúde ou da limpeza;

– Cancelamento de todos os procedimentos eletivos para liberar as equipes de saúde;

Trabalho remoto ou dispensa

– Trabalhadores que realizam serviços que não são essenciais e são de Curitiba ou outras cidades da região metropolitana devem ser mantidos em trabalho remoto ou dispensados;

Transporte

– Prefeitura deve disponibilizar transporte para trabalhadores da saúde, assistência, segurança e urbanismo;

Saúde Mental

– Autonomia às equipes de saúde mental para organizarem, se possível, escalas de profissionais para plantão diurno;

– Transporte feito pela Prefeitura para os trabalhadores até o local de trabalho ou dispensa daqueles que utilizam o transporte coletivo;

– Garantir trabalho remoto para servidores da saúde mental que não estiverem escalados para o atendimento presencial, com o objetivo de produzir materiais sobre saúde mental e a pandemia para dialogar com usuários e a população;

– Organizar forma de suporte aos profissionais que estão na linha de frente do combate ao vírus e também para aqueles que estiverem em isolamento social.

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