Nossa saúde antes de seus lucros!

Finalmente, o governo de Araucária começou a tomar algumas medidas para minimizar os picos de contágio do Coronavírus. As aulas estão suspensas por tempo indeterminado a partir do dia 23 de março. Aos alunos em vulnerabilidade social será garantida alimentação.

Novas contratações estão previstas para a área da saúde. E, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), kits de higiene serão enviados para as unidades básicas de saúde. Entretanto, essas medidas ainda são insuficientes. Na Espanha, todos os hospitais privados foram estatizados, e agora, o que Hissam, que terceirizou o HMA e o PAI, vai fazer? Infelizmente, nada como uma pandemia para mostrar o quanto os serviços públicos são essenciais.

As orientações para ficar em casa, evitar aglomerações – o transporte coletivo, por exemplo – e o contato próximo com outras pessoas e até mesmo higienizar as mãos podem parecer fáceis, mas, para a maioria dos trabalhadores, é uma tarefa impossível. E isso significa que as medidas a serem adotadas precisam ir além dos serviços públicos.

No Brasil, 38 milhões de pessoas não tem renda para fazer quarentena e precisam sair de casa todos os dias para trabalhar. São trabalhadores informais, motoristas de aplicativo, empregadas domésticas, horistas, entre outros, que precisam, mais do que nunca, de subsídios do Estado para sobreviver.

Não é só a escola que precisa parar, os patrões precisam suspender as atividades nas fábricas e demais locais onde há grande concentração de pessoas. E os investimentos em saúde e educação pública precisam aumentar. O SUS e as pesquisas promovidas pelas universidades públicas são essenciais para superarmos esse vírus. Queremos que a emenda constitucional do Teto dos Gastos, que congelou os investimentos em saúde e educação, seja revogada imediatamente.

Na Itália, há registro de greves diárias para enfrentar os patrões que mantiveram fábricas abertas mesmo em meio ao caos. E o nosso país tem condição de reverter o cenário no qual a Europa se encontra se valorizar a vida dos trabalhadores ao invés do lucro dos patrões.

A Europa já considera estatizar empresas para evitar falências. Ou seja, já estão pensando no socorro aos patrões, mas e para os trabalhadores?

Os serviços públicos são a linha de frente no combate ao Coronavírus. São os servidores públicos que irão atender a população mesmo durante o estágio mais difícil da pandemia. E precisamos do apoio da população na pressão para que a Prefeitura garanta assistência e estrutura para todos. Firmes!

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