Demora da Secretaria de Saúde em agir pode custar muitas vidas em Araucária

Exemplos de outros países mostram que a demora para agir no caso da pandemia do Coronavírus pode custar muitas vidas! Só que a gestão Hissam parece ignorar a necessidade de tomar atitudes efetivas com rapidez.

O SIFAR, em conjunto com os servidores, exige medidas rápidas com cancelamento de consultas eletivas, paralisação de serviços não essenciais, medidas efetivas com relação aos servidores que vêm de fora do município, além de equipamentos e condições necessárias para que os servidores da saúde exerçam seu trabalho.

Falta informação e procedimentos mais claros para os servidores de diversas áreas. Hissam vai esperar que o coronavírus faça muitas vítimas em Araucária para começar a agir?

 

Diga NÃO às consultas eletivas para grupos de risco

É o caso das consultas eletivas na rede municipal de saúde que ainda não foram canceladas. Os coordenadores continuam mandando atender pacientes do grupo de risco, como os idosos, colocando em risco a vida dos servidores e da população.

Foram várias as denúncias recebidas de atendimento a idosos, gestantes e outros pacientes em grupo de risco, inclusive para especialidades como terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia, entre outras. Na UPA, a situação também é grave, já que a unidade continua recebendo pacientes para fazer raio-x de casos não urgentes.

A orientação do SIFAR para os servidores da saúde é  NÃO atender pacientes de grupo de risco que não tenham sintomas do coronavírus. Essa prática vai contra os conselhos profissionais, porque ao receber pacientes do grupo de risco em unidades de saúde para procedimentos eletivos, o trabalhador da saúde está expondo essas pessoas a riscos de contaminação, podendo inclusive ser penalizado por seus conselhos profissionais. Enquanto a gestão não reconhece o absurdo da prática que ela tenta impor, cabe aos servidores da saúde imporem sua ética profissional acima dos desmandos da gestão.

A incompetência da Secretaria de Saúde já é conhecida dos servidores e da população e Araucária, afinal, não é de hoje que a saúde pede socorro. Mas, agora, o secretário chega ao ponto de contrariar até as determinações da Organização Mundial da Saúde, e coloca a vida de várias pessoas em risco.

Pela garantia de EPIs e condições de trabalho para servidores da saúde

Infelizmente, no caso dos servidores da saúde, sabemos que a dispensa das atividades não é possível. Mas, esses trabalhadores precisam de condições adequadas para preservar a sua saúde e cuidar da vida da população.

É gravíssimo também que não haja EPIs suficientes para os servidores. A Secretaria Estadual de Saúde e o Conselho Federal de Medicina orientam que seja utilizado pelas equipes de saúde máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção. No caso das máscaras, já recebemos denúncias dos servidores de que não há máscaras N95/PFF2 suficientes para todos. Não garantir o acesso das equipes de saúde a esses equipamentos vai contra, inclusive, a determinação do Ministério da Saúde.

O SIFAR está solicitando que imediatamente seja liberada a hora-extra para os profissionais da saúde. Além disso, para que sejam chamados os profissionais aprovados no último concurso, afinal, por se tratar uma situação de emergência, existe prerrogativa para fazer essa convocação, mesmo que esteja no limite prudencial.

 

Pela paralisação de serviços não essenciais

Outro ponto em que a Prefeitura demora a agir é na dispensa dos servidores que atuam em serviços considerados não essenciais durante a pandemia. Em alguns casos, está sendo adotado o revezamento ou o trabalho remoto – como no caso de servidores do grupo de risco, conforme decreto.

Mas, a gestão parece ignorar que os serviços de algumas secretarias, como Obras e Assistência Social, Cultura, Urbanismo, entre outras atividades, que poderiam ser suspensos para evitar as chances de contágio. Inclusive, há muitos servidores que moram em Curitiba e se deslocam diariamente de ônibus até Araucária, expondo-se diariamente em aglomerações de pessoas e podendo inclusive infectar outros servidores e usuários.

A luta do SIFAR não é pela antecipação de férias ou de licenças, mas pela dispensa do trabalho para proteger a vida dos servidores, usuários e seus familiares.

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