Vidas importam mais que os lucros
A cada minuto, um trabalhador se machuca no brasil por causa das péssimas condições de trabalho. E em araucária não é diferente!
O número de mortes causadas pelo trabalho voltou a crescer no Brasil em 2018 após cinco anos de queda. Foram registrados 2022 óbitos no ano passado, o que significa uma morte a cada quatro horas.
Um dos motivos para esse aumento é a piora das condições de trabalho com a Reforma Trabalhista, em vigor desde o final de 2017, que facilitou a terceirização, deu carta branca para o aumento da jornada de trabalho e permitiu contratações mais precárias. Essa mesma Reforma também limitou o valor pago como indenização pelos patrões às famílias de trabalhadores mortos, o que é um estimulo à redução dos investimentos em segurança.
Ao longo de 2019, o governo Bolsonaro vem acabando com normas regulamentadoras que tratam sobre saúde e segurança no trabalho. Seu objetivo é claro: acabar com todas as regras, leis e normas que impeçam o capital de aumentar ainda mais a exploração e a carnificina contra a classe trabalhadora.
A forma de organização e o ritmo do trabalho deveriam colocar a nossa saúde em primeiro lugar. Mas não é isso que acontece.No setor privado, a prioridade é garantir lucros cada vez maiores para os patrões. E no setor público, os gestores só falam em ‘economia’ como desculpa para não contratar mais trabalhadores, cortar investimentos, superlotar os unidades escolares e deixar postos de saúde e assistência social sem estrutura.
As péssimas condições de trabalho junto aos baixos salários, carreiras ruins e a cobrança constante por resultados causam adoecimentos físicos e psicológicos. É isso que vemos no serviço público com a gestão Hissam à frente em Araucária.
Há concurso público aberto para quase todas as áreas, mas o prefeito prefere deixar os equipamentos públicos funcionarem no sufoco ao invés de contratar novos servidores. Além de prejudicar a população, isso aumenta a sobrecarga imposta aos servidores que precisam dar conta do trabalho que antes era realizado por dois ou três.
Além disso, os servidores que trabalham na Secretaria de Obras, com a pavimentação das ruas por exemplo, não recebem todos os Equipamentos de Proteção Individual necessários.
Junte-se ao SIFAR na luta em defesa dos serviços públicos, por melhores condições de trabalho e por contratação para todas as áreas. Foram nossas lutas coletivas que garantiram todos os direitos que temos hoje na área da saúde e segurança do trabalho. Serão essas lutas que nos permitirão resistir e avançar na construção de uma sociedade em que o lucro não seja mais importante do que a vida de um trabalhador e de sua família.