Assassinato de jovens na Vila Parolin escancara política de extermínio nas periferias

Quatro jovens moradores da Vila Parolin, em Curitiba, foram executados pela Polícia Militar no dia 27 de setembro. A polícia justificou as mortes afirmando que o carro era roubado e que houve perseguição e troca de tiros. Os moradores do bairro têm vídeos que provam que os jovens não estavam armados e que foram executados, dois deles enquanto estavam ajoelhados.

Desde o assassinato, foram realizadas duas manifestações na Vila Parolin para cobrar justiça e denunciar a política de extermínio contra o povo negro e pobre. Em uma dessas manifestações, a polícia chegou atirando balas de borracha e feriu várias pessoas.

O assassinato de jovens na Vila Parolin não pode ser entendido como um caso isolado ou como um acidente provocado pela falta de preparo da polícia. Essas mortes são resultado do racismo e de uma política de extermínio que incentivam a polícia a sempre atirar primeiro nas periferias, antes de fazer qualquer pergunta, e a sempre atirar para matar.

77% dos jovens assassinados no Brasil são negros.

O governo Bolsonaro defende que policiais assassinos não sejam culpabilizados. Ao defender essa política de extermínio, defende que mais jovens e crianças morram pelas mãos do Estado.

As mortes da Vila Parolin se somam a de outros jovens e trabalhadores assassinados pela polícia. Seu crime? Serem pobres.

É o caso da menina Ágatha Felix, de 8 anos, assassinada com um tiro nas costas. Do pedreiro José Pio Baía Junior assassinado enquanto erguia uma lage no Rio de Janeiro. E de tantos outros.

São os nossos, são os da nossa classe que estão morrendo, que não têm emprego, não têm direitos, nem o mínimo para viver com dignidade. Por isso, mais do que não ser indiferente, é hora de transformar a indignação em luta. Lutar contra os ataques desse governo é lutar em defesa da vida.

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