Ponto eletrônico em implantação gera dúvidas e incertezas

Em implantação no município desde 2018, o ponto eletrônico para os servidores municipais de Araucária ainda está em fase de testes. Durante esse período, os locais de trabalho estão recebendo instruções das secretarias para que os servidores utilizem esse sistema de controle, mesmo com problemas.

Nesse cenário, os servidores convivem com a incerteza se os seus dados são registrados corretamente, afinal, os aparelhos usados no ponto eletrônico não imprimem o comprovante de registro para o servidor. Por isso, é importante manter o preenchimento do livro ponto, para garantir que os horários sejam registrados corretamente, até que o ponto eletrônico esteja em pleno funcionamento.

Uma forma de conferir todos os horários de chegada e saída é acessar o sistema da Prefeitura. No entanto, já abordamos diversas vezes os erros que aconteceram depois da implantação do sistema pela Prefeitura, em janeiro de 2019, que impactaram, até mesmo, o salário dos servidores. Então, como podemos confiar nesse sistema para registrar os horários de trabalho dos servidores? Como vamos ter certeza que as horas-extras e ausências justificadas estão sendo lançadas corretamente?

A direção do SIFAR está atenta aos processos de mudança implantados pela Prefeitura e cobra que a administração adeque o ponto eletrônico ou as outras formas de registro a cada local de trabalho. É importante que você, que está enfrentando algum problema em relação ao registro do horário de trabalho, entre em contato com o Sindicato e faça uma denúncia!

Ponto eletrônico não leva em consideração especificidades de cada local de trabalho

Além disso, a forma de organização do ponto eletrônico mostra que a gestão não leva em consideração as características de cada secretaria e de cada atividade.

O registro dos horários de trabalho dos servidores não pode ficar apenas em um sistema, que, além de não ser confiável, não é acessível a todos os servidores. Muitos servidores não conseguem acessar o sistema porque não têm acesso a computadores ou à Internet.

Em outros casos, como na Secretaria de Obras, muitas vezes não é possível ir até o ponto eletrônico, que está dentro da Secretaria fazer o registro da digital, já que o trabalho é executado fora do prédio administrativo. O mesmo ocorre com os trabalhadores do CRAS, do CREAS e dos CAPS, que saem para atividades com usuários fora do local de trabalho e, em vários casos, ultrapassam o horário.

Já nos CMEIs, os educadores precisam muitas vezes permanecer após o horário, porque precisam esperar a última criança ir embora. E se as horas-extras não são autorizadas para esses servidores, como eles devem proceder?

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