CAPS II pode perder repasses devido ao descaso da gestão

O descaso da Prefeitura de Araucária atinge aqueles que mais precisam dos serviços públicos oferecidos pelo município. Este é o caso dos pacientes atendidos pelo Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) II.

Sem nenhuma adequação, o CAPS II foi transferido para o complexo onde antes funcionava o Pronto Atendimento Infantil (PAI). A mudança ocorreu sem nenhum preparo e de forma tão atropelada que nem a visita técnica, que deveria ser realizada pela Secretaria Municipal de Planejamento (SMPL), aconteceu.

De acordo com o Ministério da Saúde, existem diretrizes claras a respeito do ambiente para tratamento de doenças mentais. O CAPS II é um equipamento que realiza várias atividades terapêuticas e sociais e é um serviço com característica residencial. Para isso, precisa funcionar em uma casa, e ser um espaço projetado para o acolhimento, a hospitalidade e a convivência.

A situação do CAPS II é grave. A Prefeitura de Araucária corre o risco de perder os repasses do governo federal e o CAPS II pode até ser descredenciado se não se adequar o quanto antes. Essa é uma luta de toda a população!

Para além dos usuários, os servidores que atuam no CAPS II também sofrem as consequências de um ambiente completamente inadequado. A equipe multifuncional lotada na unidade está sob péssimas condições de trabalho, não consegue prestar o serviço adequado para a população e recebe inúmeras queixas dos pacientes.

Os serviços públicos de saúde mental oferecidos em Araucária são referência para todo o estado e isso só foi possível devido ao trabalho desenvolvido pelos servidores municipais. A equipe do CAPS II atua com base numa hierarquia horizontalizada, promove o fortalecimento e o protagonismo dos pacientes, além de associar a saúde mental à cooperativa de economia solidária. Não podemos abrir mão dessas conquistas!

As reivindicações, tanto dos usuários quanto dos trabalhadores do local, foram apresentadas há meses para a gestão Hissam, mas até agora não houve nenhuma resposta por parte do governo.

É essencial que a SMPL vá até o local e elabore um projeto arquitetônico de reforma e layout do mobiliário tanto para que o equipamento se adeque às normas quanto para que o CAPS II funcione de fato como um local de acolhimento e escuta para os usuários.

Vamos juntos cobrar essas mudanças!

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