Governo não prioriza atendimento de saúde à população de Araucária

Confira a Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (25) no Jornal O Popular

Encontrar um emprego está cada vez mais difícil. Os últimos governos retiraram direitos com a promessa de diminuir o desemprego, mas não é isso que temos visto. Nem a lei que abriu as portas para a terceirização de praticamente qualquer atividade nem a Reforma Trabalhista garantiram emprego para os trabalhadores. Na verdade, esses ataques empurraram a classe trabalhadora para uma miséria ainda mais intensa.

De acordo com dados do IBGE de 2018, mais de um quarto da população vive abaixo da linha da pobreza. Isso significa que mais de 52 milhões de brasileiros têm renda mensal inferior a R$ 406, parâmetro definido pelo Banco Mundial.

O histórico de luta dos trabalhadores garantiu conquistas importantes nos acordos coletivos de trabalho. Salário fixo por mês, pagamento do vale, férias, décimo terceiro e convênio médico eram alguns desses direitos. Porém, essas conquistas têm sido sistematicamente cortadas pelos patrões e governos, piorando as condições de vida e trabalho da nossa classe.

Um reflexo dessa retirada de direitos é a enxurrada de pessoas que têm buscado o Sistema Único de Saúde (SUS). Em Araucária, a demanda pelos serviços públicos de saúde teve um aumento considerável desde 2016.

Se antes, o trabalhador ou a trabalhadora e seus dependentes podiam contar com o plano de saúde conquistado com luta e fornecido pela empresa, agora, a única saída é enfrentar as filas dos postos de saúde.

Porém, o aumento da demanda não significou uma ampliação da estrutura como era necessário. A administração de Araucária até mesmo permitiu a redução do quadro de trabalhadores ao não repor aposentadorias e exonerações na área da saúde.

Para além do aumento da procura pelo SUS devido ao desemprego ou à precarização do trabalho da população, a região também sofre com o aumento da quantidade de moradores. Esse aumento demográfico também não é levado em consideração pela Prefeitura que não investe nos serviços de saúde.

Toda essa situação acaba colocando trabalhadores contra trabalhadores. A população que precisa do atendimento e que espera por horas na fila, meses por consulta e até anos por procedimentos mais complexos coloca a culpa nos servidores do município. Por outro lado, os servidores da saúde estão esgotados e trabalham com recursos mínimos e pouca infraestrutura.

E nós não podemos entrar no jogo do governo. A nossa luta é por melhores condições de vida e trabalho e juntos somos mais fortes na luta por direitos. Servidores e população precisam estar unidos!

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