SIFAR denuncia condições de trabalho da UPA no Ministério público

O SIFAR protocolou no Ministério Público mais uma série de denúncias a respeito das condições de trabalho na UPA Planalto. Os problemas beiram o absurdo da falta de refeições tanto para pacientes quanto para os servidores que atuam no local.

A Prefeitura não fornece alimentação aos pacientes que estão aguardando vaga de internamento, o que é uma falha grave do município, já que em alguns casos, o paciente chega a ficar mais de 24h aguardando vaga em algum hospital.

Os servidores que trabalham 12h contínuas também sofrem com a desativação do refeitório da unidade, que ocorreu há dois anos. Esses trabalhadores têm apenas 30 minutos para a refeição, sem poder se ausentar do local e ficando de sobreaviso para qualquer emergência.

Na última mesa de negociação com a Secretaria Municipal de Saúde, a administração se comprometeu a fornecer refeições tanto para os pacientes quanto para os servidores, porém, não definiu prazos para cumprir o acordo. Precisamos continuar a pressão para garantir que a promessa vire realidade! 

Laboratório privado recebe às custas dos servidores

A Prefeitura de Araucária escolheu credenciar laboratórios particulares para os exames realizados na UPA. Entretanto, o que acontece é que se um paciente precisa de um exame de sangue depois de dar entrada na UPA, o trabalho é repassado para o servidor e não para o laboratório. Na prática, isso significa uma sobrecarga cotidiana sob aqueles que já atuam com péssimas condições de trabalho e um enriquecimento ilegal por parte do laboratório privado, que recebe por um serviço que não está sendo prestado por ele.

O SIFAR é contra a terceirização dos serviços, e reivindica o pleno funcionamento do laboratório municipal. Mas, para isso, é necessário contratar servidores concursados, ampliar a estrutura e garantir a qualidade do atendimento.

Segurança e falta de coordenação à noite

Os servidores e a população reivindicam a presença da guarda municipal na unidade há anos. A medida é importante tanto para a estrutura física da UPA quanto para evitar eventuais situações de violência, especialmente no período noturno.

A reivindicação foi discutida e aprovada na Conferência Municipal de Saúde e a administração chegou a designar a presença de guardas, mas hoje isso não acontece mais.

Para além disso, não há coordenação da unidade à noite. E, com isso, não há resposta para os problemas nesse período. Os servidores cobram que a Secretaria Municipal de Saúde mantenha um responsável pelo local após as 18h.

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