Reforma da Previdência: É COM LUTA QUE SE MANTÊM DIREITOS

Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (7) do Jornal O Popular

No início da semana, parte da proposta do governo Bolsonaro para a Reforma da Previdência se tornou pública. E, como já havíamos previsto, são inúmeros os ataques contra a classe trabalhadora. O argumento, como sempre, é a economia. Mas, economia as custas de quem? Daqueles que de fato são privilegiados nessa sociedade? Dos empresários? Dos bancos? Não. Daqueles que têm apenas a força de trabalho e que vendem ela todos os dias, nas mais variadas funções, para garantir a sobrevivência: os trabalhadores.

Idade mínima para homens e mulheres

A proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, aumenta a idade mínima para aposentadoria para 65 anos para homens e mulheres. Mas, para além de aumentar, a proposta iguala a idade mínima entre ambos. Com isso, o governo desconsidera o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos que majoritariamente recaem sobre a mulher trabalhadora.

Em média, mulheres trabalham 7h30 a mais que os homens todos os dias. E, apesar de estudarem por mais tempo e atingirem níveis mais avançados de estudo, como ensino técnico e superior, elas são mais exploradas e recebem salários menores do que os homens mesmo quando desempenham a mesma função.

Medida atinge trabalhadores do setor público e privado

É importante ressaltar que o aumento da idade mínima para aposentadoria se estende para os trabalhadores do setor privado e do setor público. Ou seja, se hoje, homens e mulheres do setor privado adquirem o direito de se aposentar com 65 e 60 anos, respectivamente, se a Reforma da Previdência for aprovada, o direito passará a valer apenas a partir dos 65 anos para homens e mulheres.

No caso dos servidores públicos, que hoje se aposentam com 60 anos, para homens, e 55 anos, para mulheres, também passarão a se aposentar com 65 anos. Já os professores, que atualmente têm direito à aposentadoria especial aos 55 anos, para homens, e 50 anos, para mulheres, passarão a poder se aposentar a partir dos 60 anos.

Menos para quem mais precisa

Juntamente com as mulheres, os idosos e deficientes compõem a parcela da população que será mais afetada caso a Reforma da Previdência seja aprovada. Os benefícios serão desvinculados do salário mínimo e ficarão entre R$500 e R$750 a depender da idade.

Só a mobilização dos trabalhadores pode barrar este ataque

Independentemente de qual será a proposta final que irá para votação em Congresso, o objetivo é retirar dos mais pobres para garantir ainda mais para os ricos. E nós sabemos: é com luta que se mantêm direitos! E somente com a mobilização do conjunto da classe trabalhadora conseguiremos barrar a Reforma da Previdência!

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