Servidores e população estão expostos a riscos devido ao descaso com a saúde

Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira (24) no Jornal O Popular

A situação dos equipamentos e dos trabalhadores da saúde de Araucária é alarmante. Ao longo do mês de janeiro, o SIFAR tem visitado esses locais de trabalho e conversado com os servidores municipais para avaliar as condições e a sobrecarga de trabalho e também a estrutura física das unidades.

Trabalho pra mais de metro

Um número considerável de servidores das unidades básicas de saúde, os chamados postinhos, sofrem com a sobrecarga de trabalho. O problema é ainda mais grave nas unidades voltadas para a saúde da família, como é o caso da Shangri-la, Tupy, Tietê e Rio Abaixinho.

Além de trabalhar por dois, os servidores também são desviados de suas funções para dar conta da demanda.

Estrutura oferece riscos justamente para quem vai atrás de saúde

Parte das unidades sofre com a deterioração da estrutura física que, sem a devida manutenção, passam a oferecer riscos tanto para os servidores que trabalham no local quanto para a população que é atendida.

Um exemplo é o da unidade do Santa Mônica, que possui salas sem janelas para circulação do ar. Nessa unidade, a sala de curativo possui ligação direta com o ambiente onde ocorre a limpeza dos materiais usados pela enfermagem e pela odontologia, local conhecido como expurgo, e ambos não possuem ventilação, o que configura um ambiente propício para contaminação.

O risco de contrair uma doença transmissível pelo ar está presente na sala de avaliação clínica da unidade, que não possui circulação de ar. E os trabalhadores da enfermagem ficam expostos a esses riscos, 8h por dia.

Já na unidade do Industrial, o principal problema está na estrutura da odontologia. Os armários estão tão desgastados que podem cair a qualquer momento. As cadeiras estão cheias de ferrugem, o que representa mais um risco de infecção, já que não há como limpar esse material adequadamente.

A unidade Costeira e o Serviço de Orientações às DST/HIV/Aids de Araucária (SOA), localizado no Núcleo Integrado de Saúde, são pequenos para o tamanho da demanda. Para o primeiro, há um projeto de ampliação sem prazo para início e, para o segundo, não há sequer uma proposta de reforma.

Andamento das reivindicações

O SIFAR entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde que garantiu que existe a previsão da ampliação da unidade do Santa Mônica. De acordo com o secretário, as obras estão prestes a começar. Já em relação ao Industrial, a informação é de que o município já providenciou a compra de novas cadeiras.

Os servidores seguem na luta contra a terceirização e por mais investimentos na saúde pública da cidade. Firmes!

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