Mobilização dos trabalhadores é a resposta para ataques aos direitos

Coluna do SIFAR publicada na edição desta quinta-feira, dia 10 de janeiro, no jornal O Popular

Depois de duas semanas de folga, a Coluna do SIFAR voltou mais firme do que nunca. Aqui você acompanha a nossa avaliação de acontecimentos em nível municipal e nacional e também fica por dentro do que ocorre no âmbito do funcionalismo público de Araucária e da luta travada pelos servidores municipais.

2019 mal começou e o governo federal já mostrou a que veio nos primeiros dias de mandato. E, se os primeiros dias dizem algo sobre o que virá por aí, teremos quatro anos difíceis e de muita luta pela frente.

Entre as primeiras ações definidas pelo governo Bolsonaro está a redução do aumento do salário mínimo, que impacta diretamente cerca de 48 milhões de trabalhadores no Brasil. Outra medida foi retirar da Funai a função de demarcação das terras indígenas e quilombolas e repassá-la para o Ministério da Agricultura, onde não à toa alocou os maiores interessados em ver o fim da demarcação dessas terras para que o agronegócio possa ocupar ainda mais espaço. Aquilo que já dizíamos sobre as propostas do então candidato Jair Bolsonaro está sendo comprovado: tirar dos trabalhadores e dos mais pobres para dar aos empresários.

Desviar a atenção

O absurdo sobre cor de menino e cor de menina dito pela nova ministra dos Direitos Humanos é revoltante e mais uma prova de como pensa a nova equipe do governo formado por Bolsonaro, mas também é uma cortina de fumaça para virar manchete e esconder outros ataques que estão em curso e que ficam de fora da mídia tradicional quando uma declaração desse tipo toma grandes proporções.

Um exemplo disso é o fim dos ministérios do Trabalho e da Cultura. A especulação durante a campanha presidencial de que Bolsonaro acabaria com o Ministério do Trabalho teve mais repercussão do que o próprio fim da pasta. Com apenas 10 dias, o governo Bolsonaro não perdeu tempo de retirar direitos dos trabalhadores e a Previdência deve ser o próximo alvo. E só a união e mobilização da classe trabalhadora serão capazes de barrar mais ataques.

Governo Hissam e a prática antissindical

A nova direção do SIFAR foi eleita em 14 de novembro. A direção do Sindicato enviou um ofício para a gestão com os nomes dos dirigentes a serem liberados no próximo período no dia 30 do mesmo mês e, até o momento, não obteve resposta oficial da administração. Para cobrar uma resposta, o Sindicato foi até a Prefeitura.

Lá, o governo informou que a publicação das liberações deve ocorrer em Diário Oficial entre os dias 11 e 14 de janeiro. Estaremos de olho!

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