Educadoras aumentam pressão para cobrar da Prefeitura cumprimento das promessas

A normativa sobre a hora-atividade deve ser publicada essa semana, mas a Prefeitura de Araucária não mexerá no calendário letivo, nem pretende cumprir as demais promessas que levaram ao fim da greve das educadoras. Essa foi a informação apresentada pela administração municipal nesta segunda (25), depois muita cobrança e pressão das educadoras na Prefeitura e na Secretaria Municipal de Educação (SMED).

O ato começou às 8h30, com a participação de educadoras que representam suas colegas de CMEI. O secretário de Governo Genildo Carvalho se recusou a receber a categoria e o sindicato. Em uma fala rápida, ainda no corredor, afirmou que as negociações estavam rompidas e que a Prefeitura não cumpriria sequer os acordos feitos anteriormente.

Mesmo com a negativa, as educadoras e o Sifar foram cobrar respostas do secretário de Educação, Henrique Theobald. Depois de quase uma hora de espera, ele recebeu a categoria e afirmou que a normativa que regulamenta os 10% de hora-atividade, que deveria ter sido publicada no dia 30 de maio, está pronta e deve ser publicada nos próximos dias. Henrique se recusou a apresentar o documento na reunião, mas informou que a normativa será enviada ainda hoje para as educadoras, através do e-mail institucional.

O calendário letivo dos CMEIs não será equiparado ao das escolas em julho. Segundo o secretário, será enviada uma orientação para que as direções organizem um revezamento entre as educadoras para manter o atendimento durante o recesso. Com essa decisão, a gestão passa por cima da promessa de negociar o calendário com a categoria, em comissão formada por educadoras da base.

Além disso, o secretário de educação também deixou claro que a Prefeitura não quer debater, nem ouvir a opinião da categoria sobre o reconhecimento das educadoras como professoras de educação infantil. Segundo Henique, a gestão Hissam apresentará uma contraproposta aos vereadores em resposta ao projeto de lei de iniciativa popular apresentado pelo Sifar, com o apoio de mais de cinco mil assinaturas coletadas pelas educadoras durante a greve de abril.

Nossa resposta para a intransigência da Prefeitura precisa ser o fortalecimento da nossa união e mobilização. Na próxima terça, dia 3 de julho, as educadoras vão se reunir em assembleia específica para definir os próximos passos e decidir sobre a possível retomada da greve suspensa no final de abril. Em breve divulgaremos o local da assembleia! Firmes!

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