25 de julho: Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Hoje, 25 de julho, é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma homenagem à luta e a resistência das mulheres negras.

Há 30 anos, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, o grande movimento que trouxe mais de 300 mulheres de 32 países, reunidas para denunciar as opressões sofridas, fez com que o dia fosse reconhecido internacionalmente como um dia de luta e combate ao racismo e ao machismo.

No Brasil, a data comemora a vida e a história de Tereza de Benguela, uma mulher negra que foi líder quilombola mantendo mais de 100 pessoas, entre negros e indígenas, juntos e em resistência à escravidão. Na história, mulheres como Tereza costumam ser apagadas para que seu exemplo de resistência não seja seguido, por isso, o dia de hoje é tão importante, além de lembrar a luta de Tereza, traz luz a história de muitas mulheres negras que são essenciais no combate ao racismo, colonialismo e ao capitalismo.

Como forma de homenagem e reflexão, o SIFAR convida a todos para ouvir a poesia de Conceição Evaristo chamada Vozes-Mulheres, declamada pelo grupo de teatro Companhia Cor de Yabá. Conceição, em forma de literatura, conta a história do racismo vivido pelas mulheres negras e a necessidade de superação de toda forma de opressão no presente e futuro, rumo a uma nova sociedade: https://www.youtube.com/watch?v=ZGokqvbcVY0.

Neste mês, o SIFAR apoiou o Julho das Pretas, uma iniciativa da Rede de Mulheres Negras do Paraná. Hoje, às 19 haverá um ato com atividades culturais no Largo da Ordem em Curitiba, além disso, o evento tem programação garantida até o início de agosto, confira a programação nas redes sociais!

Dados escancaram a urgência da luta antirracista

Quando falamos sobre o combate ao racismo é importante destacar a urgência da luta, ainda hoje, o povo negro sofre com o genocídio na sociedade capitalista. As mulheres negras, por exemplo, são as mais vulneráveis à violência doméstica, 67% dos feminicídios ocorrem contra elas, de acordo com o Atlas da Violência de 2021.

Outro exemplo da violência contra a população negra é o genocídio que acontece com as mulheres transexuais e travestis. Dentre o total de assassinatos dessa parcela da população – que já é altíssimo –, as negras representam 76% e grande parte delas está em situação de vulnerabilidade social. Os números são do Dossiê de Assassinatos da Antra, de 2022, que escancaram o racismo e a transfobia como uma política de extermínio do povo preto.

Os dados são duros e mostram que o percurso do combate ao racismo é longo e árduo. Por isso, a política antirracista precisa ser construída nos locais de trabalho e na casa de cada trabalhador e trabalhadora. Datas como o dia de hoje, 25 de julho, devem ser usadas como um dia de memória, aprendizado, de reflexão e ação para uma outra sociedade, livre do racismo, machismo e da exploração.

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