Piso é sancionado da enfermagem, mas presidente veta reajuste anual, tire suas dúvidas

Na última quinta-feira (4), o piso da enfermagem virou Lei 14.434/2.022 graças à luta dos trabalhadores e trabalhadoras que há anos têm cobrado a valorização salarial. Mas a lei deixou de fora alguns aspectos importantes que os trabalhadores da enfermagem devem ficar atentos e organizarem a luta para conquistarem, veja:

– Bolsonaro vetou uma parcela da Lei que instituía o reajuste anual salarial a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O INPC mede a inflação de uma série de produtos no país, e seus índices poderiam ser utilizados para corrigir salários de acordo com o quanto é gasto para sobreviver. Com esse veto, Bolsonaro dificulta que o reajuste anual seja realizado de forma automática e fique a critério dos governos e patrões, o que significa que em pouco tempo os valores do piso já serão obsoletos!

– Os valores estão abaixo do que era previsto no início da tramitação do Projeto que chegava a R$ 7 mil reais para enfermeiros, 70% do valor para técnicos e 50% para auxiliares e parteiras. Porém, para que a Lei fosse aprovado sem provocar os grandes empresários, os parlamentares reduziram o valor que agora será de R$ 4.750 para os enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares e parteiras.

Isso significa que o veto de Bolsonaro dificulta que os trabalhadores sejam valorizados no decorrer dos anos até atingir um salário maior, como na primeira proposta. Coloca os direitos dos trabalhadores no bolso para agradar os grandes empresários e ainda usa uma pauta de luta para fazer campanha para reeleição.

Entretanto, o veto ainda pode ser derrubado e é necessário lutar por isso! Assim como é necessário continuar lutando pelas 30h da enfermagem – algo que também não entrou na lei do piso salarial – uma pauta histórica dos trabalhadores e de muita necessidade.

 

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