Bolsonaro retoma plano de privatização da REPAR

Aos poucos, Bolsonaro tem sucateado a Petrobrás. Novamente uma das refinarias atacadas é a REPAR, aqui de Araucária, além da RNEST em Pernambuco e REFAP no Rio Grande do Sul. Os petroleiros já anunciaram que não aceitarão a privatização da Petrobrás calados e que entrarão em greve.

Em Araucária, a REPAR é um importante espaço de geração de emprego para as famílias, cerca de 3,4 mil trabalhadores dependem diretamente da refinaria. Privatizá-la seria colocar milhares de pessoas na rua. Além disso, grande parte da arrecadação de Araucária, cerca de R$ 400 milhões, vem da indústria do petróleo. E se levarmos em consideração os tributos arrecadados das empresas, o valor corresponde a 80% de toda a arrecadação da cidade, de acordo com a Gazeta do Povo.

Isso significa que com a privatização, Araucária pode virar uma cidade fantasma, assim como aconteceu com o fechamento da Ultrafértil. Com menos empregos e com uma arrecadação muito menor quem vai sofrer é a população, que irá perder com a falta de investimentos nos setores públicos como a saúde, a educação, a assistência, além do aumento drástico no desemprego.

O discurso de que “se privatizar melhora” é uma das grandes mentiras que Bolsonaro, e tantos outros, têm contado aos trabalhadores. A Petrobrás é a prova disso, em cidades onde a distribuidora foi privatizada, o preço da gasolina chegou a quase R$ 9 por litro, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma palhaçada sem tamanho com o bolso dos trabalhadores.

E com o governo Bolsonaro, a situação só piorou. Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), em 2021, o governo brasileiro possuía 36% das ações da empresa, enquanto os grandes empresários estrangeiros 42%. Se o plano do governo federal de privatização continuar, a Petrobrás será toda privatizada e trabalhará apenas para garantir o lucro dos grandes empresários, deixando os preços ainda mais abusivos.

E é para entregar a Petrobrás nas mãos da iniciativa privada que o governo federal vem sucateando a estatal e acabando com os direitos trabalhistas. A proposta de acordo coletivo para os petroleiros é de apenas 5% de reajuste salarial, muito abaixo da inflação, o fim das gratificações e a possibilidade de demissão sem justa causa em caso de privatização. Um absurdo atrás do outro.

A privatização prioriza o lucro. E esse é um dos motivos do aumento dos preços da gasolina, gás e do diesel. Quem paga o preço para manter ricos ainda mais ricos são os trabalhadores. E Bolsonaro é responsável direto pelo buraco deixado no bolso de cada um.

O SIFAR se coloca ao lado dos trabalhadores da REPAR, contra a privatização da Petrobrás. Nossa pauta, junto aos petroleiros, deve ser pela reestatização da petrolífera.

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