8M: A Luta das mulheres trabalhadoras é constante!

Hoje, dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. O dia costuma ser regado de elogios, presentes, faixas cor de rosa e bilhetes. Em Araucária, por exemplo, a Prefeitura costuma parabenizar as mulheres nas redes sociais enquanto deixa de lado direitos trabalhistas, qualidade no serviço público como vagas em creches e muito mais. É um dia regado de hipocrisia por parte do poder público, que tenta esconder através dos elogios o verdadeiro significado do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.

O 8M é um marco de que há 113 anos, as mulheres lutam por direitos, além disso, o dia celebra as conquistas por melhores condições de vida que vêm acontecendo ao longo de décadas e que nunca foram dadas para as mulheres de mão beijada, sempre foram conquistadas com muita luta. Infelizmente, os avanços ainda são poucos perto do que as mulheres trabalhadoras reivindicam, a luta é contra a violência, o feminicídio, o racismo, a LGBTfobia; contra a sobrecarga de trabalho; a precarização de vida; pelos direitos reprodutivos; contra a fome, a miséria, por educação, saúde, assistência, e tantas outras pautas que permeiam a vida das mulheres trabalhadoras.

E para relembrar o verdadeiro significado desse dia vamos, mais uma vez, ocupar as ruas em marcha e reivindicar uma sociedade livre do machismo e de toda exploração e opressão. O ato acontece nesta quarta-feira (8), na Praça Santos Andrade, em Curitiba, às 18h30, e tem como tema “Mulheres em Resistência contra todas as formas de violência. Por terra, teto, trabalho e democracia. Sem Anistia”.  O SIFAR convida a todas e todos a se somarem nessa caminhada, e a construir coletivamente a luta diária por melhores condições de vida para as mulheres da nossa classe.

Mulheres responsáveis pelo trabalho doméstico e desvalorizadas financeiramente

Apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira a pauta das mulheres é frequentemente deixada de lado por patrões e governos – muitas vezes até por colegas, companheiros, familiares.

Atualmente as mulheres são 44% da força de trabalho assalariada no Brasil, 91% delas ainda são responsáveis pelo trabalho doméstico, o que implica em dupla e tripla jornada de trabalho, além de serem as que mais sofrem no país com desemprego e desalento. O salário das mulheres é 21% menor do salário dos homens, e estão submetidas a piores condições de trabalho. A terceirização atinge principalmente as mulheres, em trabalhos semelhantes as funções domésticas como faxineiras, cozinheiras, cuidadoras, auxiliares de enfermagem, entre outros cargos essenciais que são socialmente desvalorizados.

 Violência contra mulher tem números assustadores

No primeiro semestre de 2022, foi contabilizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que há cada 6 horas uma mulher é assassinada no Brasil, somando 699 vítimas de feminicídio nos primeiros 6 meses do ano passado, crimes cometidos em situação de violência doméstica ou motivados pela misoginia.

Essas condições precárias de vida e trabalho que as mulheres são submetidas socialmente têm se acumulado há décadas, e para rumarmos para uma sociedade livre do machismo e da exploração capitalista só há uma resposta: a luta constante! O dia 8 de março é uma importante lembrança de que a luta pelos direitos das mulheres não cabe em apenas um só dia, ela precisa estar presente em todas as trincheiras de luta, relações sociais e locais de trabalhos.

 

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