Intransigência do prefeito faz CMEIs funcionarem praticamente vazios no mês de julho

Hissam se recusou a negociar e ignorou alternativas que gerariam economia para o município, como colônia de férias

Centros Municipais de Educação Infantil funcionam com mais trabalhadores do que alunos. Essa é a realidade de Araucária neste mês de julho. Embora esse seja o período de recesso da educação, graças à intransigência da gestão municipal, que rompeu o diálogo e as negociações com as educadoras, cerca de 35 CMEIs do município estão em funcionamento, atendendo um mínimo de crianças. Espaços que durante o restante do ano recebem entre 120 e quase 300 crianças, hoje estão com pouco mais que uma dezena de alunos.

Isso também representa o desperdício do dinheiro público. Para manter os CMEIS funcionando, é necessário ter à disposição um quadro de servidores que inclui educadoras, secretárias, diretoras, cozinheiras, faxineiras e serventes. Também há gastos para manter a estrutura, como água, luz, telefone, internet, entre outros. Tudo isso é pago com o dinheiro público, que deveria ser direcionado para outras áreas tão necessitadas do município.

Com isso, as educadoras acabam fazendo um revezamento, em vez do recesso ao qual elas deveriam ter direito. Esse revezamento foi determinado por uma instrução normativa, sem qualquer negociação com a comissão das educadoras. Mais uma manobra do prefeito para descumprir o acordo feito na suspensão da greve no primeiro semestre, quando se comprometeu a discutir o calendário escolar. Mas Hissam prefere sobrecarregar as educadoras a cumprir a sua palavra!

Haveria outra forma de lidar com essa situação? Sim, a partir do diálogo! Entre os servidores de Araucária, há educadoras com décadas de experiência nessa área – muito mais tempo do que o prefeito tem no governo. Elas sabem mais do que ninguém que haveria outras alternativas, como colônia de férias, que poderia garantir o direito das crianças nesse período, sem deixar uma estrutura ociosa sendo paga com o dinheiro público e sem sacrificar o recesso das educadoras. No entanto, o prefeito não se mostrou interessado em ouvir aqueles que têm conhecimento de causa.

A gestão Hissam mostrou mais uma vez que não escuta, não se planeja e não se organiza.  Mas, nós não vamos aceitar tudo isso de braços cruzados. Vamos continuar a mobilização exigindo a retomada das negociações e em defesa dos direitos dos trabalhadores!

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